domingo, 22 de janeiro de 2012

Fim de tarde na praça

Uma das coisas que eu mais gosto de voltar do trabalho de ônibus é poder observar as pessoas ao longo do caminho. No trajeto da viagem passo por várias praças e nelas ficam os meus pensamentos junto com as pessoas que por lá estão.
Eu sempre fico imaginando como é bom sair do trabalho e sentar numa praça no final do dia para conversar com os amigos, ver as crianças brincar ou simplesmente sentir a brisa do entardecer. Quando olho os homens jogando dominó, as mulheres conversando e as crianças se divertindo sempre penso como para ser feliz é preciso pouco. Minha cabeça parece ficar lá com eles, fico imaginando o que as pessoas estão conversando, como está o jogo, se os homens levam a sério ou é só uma distração, relembro a minha infância e as diversas brincadeiras que inventávamos. Ah, como o mundo infantil é criativo, inocente e divertido. Em meio a tudo isso, passo a me questionar o porquê buscamos desculpas para não simplesmente aproveitar o final do dia assim... acho que não conseguimos ter mais qualidade de vida porque muitas vezes criamos rotina que nos impedem de viver com mais simplicidade. Por que passamos tanto tempo no computador, se podemos desfrutar de um momento agradável ao ar livre com pessoas que estão ao nosso redor e não nas redes sociais. Não é preciso ter dinheiro para ir a uma praça - a não ser que a mesma fique longe de casa - mesmo assim colocamos tanto empecilhos e ao mesmo tempo invejamos quem está lá sentado no banco.
Nesses meus conflitos e pensamentos percebo que minha viagem vai mais rápida e eu prometo que tentarei melhorar. Vejo que a vida vai passando e se não mudarmos hoje, amanhã ficará mais difícil. Prometo que da próxima vez não ficarei imaginando qual a sensação de estar sentada na praça, vou descer do ônibus e conferir como é estar lá.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Procura-se...


Começa o ano. Na verdade isso já aconteceu há 12 dias... Mas só hoje consegui elaborar o primeiro post. Dessa vez ao invés de uma história do ônibus ou de viagem, um embaralhado de ideias. Uma mistura de alegria, emoção, frio na barriga, diversão. Afinal o que significa um ano novo, senão novas esperanças, novos desafios, novas conquistas, novos obstáculos. 
Começamos um novo ciclo, alguns renovados, outros carregados, alguns com novidades, outros com os problemas antigos. Sempre terá o otimista e o pessimista. As notícias muitas vezes parecem ser as mesmas do ano passado. Às vezes bate aquela sensação “de novo, todo começo de ano é a mesma coisa”. Ou fica a indignação de como tudo isso pode acontecer em apenas 12 dias.
Fico me perguntando, onde estão as boas histórias, quem poderá me contar um fato realmente intrigante. Cadê os brasileiros que formam suas famílias sem a necessidade de um eletrônico a cada ano, que almoçam ou jantam juntos, que conversam sobre tudo sem a televisão de concorrência. Onde está a nossa cultura? Será que um dia ficaremos perdidos no meio dos computadores e alienados das nossas raízes?
Fico lembrando das minhas férias de criança, onde inventávamos as brincadeiras, nos dias de chuva desenhávamos o sol na terra e acordávamos com a esperança que ele iria aparecer. Senão aparecesse, a gente tentava de novo e de novo, e quando aparecia tínhamos a certeza que foi porque não tínhamos desistido. Como era bom sonhar, acordar acreditando que cada dia poderia ser mais especial que outro, ouvir as histórias dos mais velhos, poder brincar no quintal, tomar chuva, se lambuzar de sorvete, desenhar na areia, construir castelos e criar cada dia um mundo melhor.
Por isso decidi que este ano vou viver as minhas experiências ainda mais intensamente, me abrir para o novo, explorar as descobertas, curtir cada minutinho do maior presente que poderia receber na vida, contar histórias, relembrar as minhas. E claro procurar boas histórias para lavar a alma, rir sozinha e pode colocar nas minhas estantes...