sábado, 12 de maio de 2012

Mãe é tudo isso e mais um pouco...


Desde criança sonho em ser mãe. Tinha vários planos na minha cabeça de como seriam meus filhos. Mesmo em minhas fantasias nunca tive o nome decidido, também não tinha preferência em ser menino ou menina. Os sonhos tinham forma, cor, cheiro e som. A casinha da Mônica da minha irmã que o diga. Lá minhas “filhas” moravam. Elas também dormiam na cabana feita com lençol ou cobertor na mesa da sala. Cuidava das minhas bonecas como se fossem bebês de verdade, sempre gostei de preparar a comida, cuidar da roupa, trocar as roupinhas.
Cresci e esse sonho continuava a me seguir. Fiz magistério, depois fui monitora de acampamento. Crianças sempre fizeram parte da minha vida. Ouvir suas histórias e participar do mundo de imaginação me fascinam. A inocência delas, suas fantasias e brincadeiras me encantam. As crianças têm luz própria e iluminam o ambiente onde estão. No acampamento eu gostava de resgatar as brincadeiras da minha infância, cantar músicas de roda, inventar “o dia do escovão”, “o dia do cabelo” – assim verificava se as meninas estavam fazendo a higiene pessoal direitinho – e por aí ia. Na piscina fazia penteados a lá “garota do fantástico”. As meninas nem imaginavam o que era isso e adoravam a brincadeira, assim como nós quando éramos crianças.
Enquanto jornalista as pautas com criança sempre me empolgam. Adoro ouvir seus depoimentos, as suas histórias e as percepções que elas têm sobre o que quer que seja.
Aos poucos o sonho de ser mãe parecia tomar mais forma e cor. Depois que casei esse desejo ficou mais perto da realidade. Até que em junho de 2011 esse sonho começou a se realizar. Logo que soube da bênção que receberia comecei a imaginar todas as brincadeiras que fiz na minha vida e agora queria fazer com ela. Cuidar das roupas, trocar as fraldas, contar histórias, cantar a dona Baratinha, o sapo não lava o pé e tantas outras canções que guardo no livro que comprei ainda no magistério “Quem canta, seus males espanta”.
 No dia 10 de fevereiro deste ano, o sonho realmente tornou-se realidade. Nasceu a Sofia Maria. Com nome de rainha, rostinho de princesa, doce como mel, Deus me deu o maior presente que poderia receber na vida. Ela tão pequena, tão delicada, tão linda, com tanta cólica chegou para mudar minha vida. Chegou para dar aquela luz que só um filho pode dar, uma alegria que nunca imaginei sentir.  Foi aí que entendi o sentido do “ser mãe”. Hoje posso dizer que ser mãe é...esquecer de si mesma e amar sem dimensão, tentar ver o mundo pelos olhos do filho, pedir para que o filho não sofra e toda aquela dor venha pra você, ficar dias sem dormir e não perder o humor, ter energia para cuidar do bebê mesmo sem comer, esperar alguém chegar para poder tomar um banho rápido, sofrer junto, rir do sorriso mais gostoso já visto, repetir a mesma brincadeira só para ver o sorriso do filho, acordar de madrugada diversas vezes pra ter certeza que o bebê está respirando, segurar o filho num braço e com o outro arrumar a casa, fazer mamadeira... enfim ser mãe é tudo isso e mais um monte de sentimentos maravilhosos juntos. É uma emoção sem fim. E ser mãe da Sofia então? É ser uma pessoa mais completa e ver Deus iluminando minha vida todos os dias...