domingo, 11 de maio de 2014

Quando eu acordei mãe...

Perdi o sono e dessa vez não foi por causa do choro da minha filha. Perdi o sono por uma mistura de sentimentos e o maior deles é a gratidão. Gratidão por ter uma mãe como a minha que me ensinou o que é ser mãe, o que é ter amor de mãe. Minha mãe não é perfeita, ela é de carne e osso, ela erra, ela é brava -- hoje em dia super boazinha porque os netos chegaram e ganharam uma avó cheia de mimos --, mas com certeza é a melhor mãe que eu poderia ter. Foi com ela que passei os melhores e os piores momentos da minha vida e será assim até a eternidade. Gratidão por receber a missão de criar uma filha meiga, inteligente, linda e amada. Ser mãe da Sofia Maria é um aprendizado diário, mais pra mim do que pra ela com certeza. Gratidão por ter ao meu lado quem eu sempre sonhei para compartilhar os desafios da vida e celebrar a vida.
Estou aqui escrevendo e pensando quando eu acordei mãe?  O dia que eu descobri estar grávida? O dia em que eu entendi mais do que nunca que os planos de Deus têm tantos ensinamentos e nada na sua vida é como você planeja exatamente? O dia que a Sofia nasceu? Acordei mãe quando entendi que o amor por um filho é maior que a sua vida, que a sua história e que não há nada no mundo que supere esse amor. Esse dia foi único. Foi meu. Ou melhor, foi nosso – com minha mãe ao me lado e me ensinando.

Ser mãe é a capacidade total de doação. Tenho certeza que muitas pessoas têm essa capacidade e desenvolvem esse amor com filhos que a vida apresenta ao longo de suas histórias. Gerar com certeza não significa ser mãe, ser mãe é muito mais que uma gestação – ser mãe é amar incondicionalmente e para isso não precisa de nove meses, pois existem outras formas de descobrir essa vocação.