quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Já escolheu ser feliz hoje?



O dia começou chuvoso. Logo já pensei naquele ônibus lotado, tudo fechado, chegar ao trabalho com a barra da calça molhada, sapato meio molhado e depois vou passar o dia todo com o pé gelado. Nossa a chuva é tão bem-vinda nessa época de seca nas represas, mas justo agora chover? Bem na hora que eu vou sair, ah São Pedro!!! Desse jeito meu dia já começa tudo virado. Tinha planejado tanta coisa bacana, mas só de ver a cara do tempo meu humor já virou! Bom, o jeito é acabar de me arrumar porque não tenho escolha. E se atrasar até imagino a cara de todo mundo quando eu chegar.
Vamos começar de novo...
O dia começou chuvoso. Como eu gosto desse cheirinho de terra molhada. Não é fácil pegar o ônibus na chuva para ir trabalhar, mas não tenho do que reclamar gosto muito do meu trabalho. Ambiente bacana e ainda recebo para fazer o que me dá prazer. E se eu não gostasse do cheirinho de terra molhada estaria feliz do mesmo jeito por ter vindo a chuva para trazer um pouco de umidade. Chega de divagação agora e vamos trabalhar porque a vida é muito linda e eu preciso aproveitar cada segundinho para ser feliz!
E não pense você que é só a chuva que traz esses sentimentos contraditórios. Eu poderia ter elencado vários exemplos simples do cotidiano para as duas versões, mas isso poderia virar quase uma tese porque adoraria colocar um pouco de psicologia e teóricos sobre comportamento ... quem sabe depois invista em uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto.  Voltando à felicidade... Todos os dias encontramos situações que fogem do nosso controle e que precisamos escolher como enfrentar. Cabe cada um decidir para qual caminho seguir.
Ontem comprei a edição de novembro da revista Vida Simples e me chamou a atenção um texto da Ana Holanda, “Onde mora a felicidade genuína”. O texto poderia ser extenso porque o assunto requer muita reflexão, mas o que tem transmite muito bem o recado. Traz um pouco da palestra do colunista Gustavo Gitti sobre esse tema que concluiu de forma brilhante, ao meu ver “A felicidade não vem do que acontece fora de você, mas do que cultiva internamente”. Tenho refletido muito sobre isso nessa fase nova da minha vida e escrevi sobre essa felicidade genuína faz alguns dias --- Amanhã não me preocupa como antes, aprendi a viver o hoje, a economizar muito e a ser cada dia mais feliz. E olha que eu nunca deixei de ser. Mas agora é uma felicidade diferente, uma felicidade que busca a simplicidade e consegue enxergar desafios onde antes não tinha muito significado (se quiser ler o texto completo Passei no estágio probatório).

Acredito que a felicidade é mais que um estado de espírito. A felicidade é saber escolher e ver o lado bom das suas escolhas. Nem sempre acertamos a escolha, mas o importante é buscar o que isso trouxe de novo e o que acrescentou na sua história. A felicidade está aqui dentro e aí dentro, basta saber enxergar com os olhos da experiência e da maturidade. De repente você vai perceber que é possível ser feliz todos os dias mesmo nas situações mais inusitadas e difíceis. E você, já escolheu ser feliz hoje?

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Passei no estágio probatório



Não estou acreditando que depois de três meses consegui passar no estágio probatório. No começo parecia que eu não daria conta. Uma verdadeira loucura! Acorda às 6h, toma café, arruma lancheira, faz o leitinho acorda a filha, coloca uniforme, leva para a escola. Até aí nenhuma novidade, afinal essa parte já era bem conhecida. E depois de deixar a filha na escola, o que fazer? Eram tantas as variáveis que a mente parecia perdida. Afinal depois de 10 anos em uma loucura diária, minha mente queria arrumar alguma ocupação a altura. Arruma a casa, arruma armário, faz almoço, lava louça (essa parte se repete 100 vezes ao dia quando se está em casa), brinca com a filha, inventa história, coloca para dormir de tarde, acorda para ir à natação, ou ballet, veste, arruma, volta, dá banho, faz janta, assiste um filminho, lê história, reza, conta mais uma história. Pronto, a filha dormiu! Nossa lembrei que não passei roupa, que não limpei alguma coisa. Caramba, 23h e eu nem tomei banho ainda. Ai meu Deus, fiquei em casa o dia todo e agora que percebi os brinquedos estão jogados. Guarda brinquedos, toma banho e dorme lendo o livro -- afinal agora que estou em casa tenho tempo pra ler. Ops, pensamento o que você disse? Ué você não parou de trabalhar e está em casa então agora você pode ler todos os livros que gostaria porque antes nunca tinha tempo devido à correria.
            Depois de uma semana – vou fazer uma planilha com tudo o que eu tenho pra fazer. Vou estipular os dias para me dedicar à faculdade. Vou aprender a não precisar ir ao supermercado todo dia e montar um cardápio da semana. Vou ouvir todas as pessoas que me falam que passar roupa é perda de tempo e fazer isso só com o necessário. Vou andar pelas ruas com minha filha sem pensar em limpar alguma coisa ou guardar algum brinquedo. Vou diminuir o tempo de celular e ler todos os livros que eu gostaria e não tinha conseguia. Vou entender os meus limites e aprender com eles, ah isso eu vou.
Planilhas feitas! Adoro um excel simples para colocar tudo em ordem.
            Aos poucos fui entendendo que a minha escolha de vida tinha mudado o meu jeito de ver o mundo. Comecei a ter tempo para as leituras e me dedicar aos trabalhos da faculdade como gostaria. Descobri que agilidade na cozinha é sinônimo de prática e agora estou buscando novos desafios com as receitas saudáveis para toda família. Minha mente entendeu que eu não tenho um chefe ou um inspetor para ver como está minha casa todos os dias e mesmo se tivesse não precisaria estar tudo no seu devido lugar porque aqui moram três pessoas. Consegui organizar minha vida para estar com as pessoas queridas e sempre pronta para receber alguém em casa com muito amor e carinho.
            Depois de três meses entendi que eu precisava desacelerar para buscar novos desafios e isso pode ser encontrado aqui em casa mesmo, não preciso sair por aí para buscá-los. Consegui colocar na rotina as minhas caminhadas, o yoga e ainda tento achar um horário para meditação. Recebo todos os dias o meu pagamento quando minha filha chega da escola e grita “mamãe” e vem correndo me abraçar. O bônus é almoçar em casa com a minha família todos os dias e o meu marido elogiar minha comida e a minha filha falar que sou uma ótima cozinheira. Amanhã não me preocupa como antes, aprendi a viver o hoje, a economizar muito e a ser cada dia mais feliz. E olha que eu nunca deixei de ser. Mas agora é uma felicidade diferente, uma felicidade que busca a simplicidade e consegue enxergar desafios onde antes não tinha muito significado -- era uma simples tarefa doméstica que estava terceirizada. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Professor: uma lição de vida


Hoje é um dia que eu gostaria de ter tempo para escrever tudo o que está na minha mente. Eu queria decodificar os meus pensamentos e transcrevê-los com as mais belas palavras. Poderia começar com a minha história de vida que sempre foi permeada por bons professores, a destacar minha mãe, meus avós e meu marido. São tantos exemplos que só os nomes encheriam mais de uma lauda.
            Mas eu decidi falar do poder transformador que um educador pode fazer na vida dos seus alunos. Depois de 16 anos de conclusão do Curso Magistério, resolvi voltar para educação. Foram 15 anos trabalhando como jornalista e buscando as mais lindas e nem tão lindas histórias pelo mundo. Nunca fui correspondente internacional, mas as minhas viagens renderam boas histórias.  Sempre gostei de escutar as pessoas, sempre observei as pessoas e até foi por isso que nasceu o meu blog – conversas do cotidiano que eu escutava por aí e observava por aqui.
            Ao voltar para o mundo da educação eu me dei conta como fui privilegiada por ter tantos professores que ajudaram na minha formação pessoal e profissional. Desde a educação infantil até a pós-graduação. Este ano eu realmente entendi a frase de Paulo Freire “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Se eu tive coragem para recomeçar foi porque vários professores me permitiram criar inúmeras possibilidades. Cada um deixou uma sementinha e que nesse momento de decisão vieram com tanta força que eu gostaria de sair agradecendo um a um por terem me ajudado ao longo da minha formação. Eu me sinto muito estimulada em voltar para a educação no momento que ela está sendo reinventada porque isso já mostra o quanto um professor precisa estar atento às mudanças do mundo. Novos desafios são comigo mesmo. Nunca deixei o medo me paralisar, mesmo com frio na barriga encarei os obstáculos e tento buscar alternativas reais para usá-las na vida como ela é.

            Educar é mais que um ato de amor, é uma verdadeira lição de vida. O professor não é protagonista porque na educação todos precisam ser os atores principais, mas ele tem um papel fundamental em despertar dentro de cada pessoa envolvida o talento individual e a paixão pelo conhecimento.  Não é uma tarefa fácil, mas muitos educadores já me mostraram que é possível mudar a vida das pessoas por meio de ações simples dentro de uma escola – a começar pelo respeito ao indivíduo e a história de vida que ele carrega consigo. E para minha grata surpresa na minha vida acadêmica encontro mais uma profissional apaixonada em transformar o mundo que vivemos a começar do ambiente ao qual estamos inseridos! Dia 15 de outubro é apenas uma data comemorativa porque as lições de amor acontecem todo dia no mundo inteiro com quem educa e se envolve com a educação.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Mudando o foco: um novo jeito de caminhar pelas ruas

         Passei os últimos anos com a sensação que o tempo nunca seria o suficiente para eu viver tudo o que queria. Acho que as primeiras palavras do dia nos últimos anos eram “vamos logo para não atrasar” (verbalizada ou apenas internamente).  Eu sempre tinha a sensação de que 24 horas não era o suficiente para dar conta de tudo. E se eu olhar pra trás, realmente não era. Mas não era falta de horas na verdade e sim uma ansiedade que eu nem sabia detectar. Uma ansiedade que estava camuflada na minha maneira de ver o mundo, na forma como eu tinha escolhido viver e nas prioridades da época.
            A mudança em ver o mundo de outra forma começou quando mudei de casa e fiquei mais perto da escola da minha filha. Na época eu me permitia alguns dias, quando não precisa chegar tão cedo, levá-la andando, outras vezes no carrinho. E de repente eu vi que o tempo era suficiente desde que eu permitisse enxergá-lo de outra forma. Eram dias inesquecíveis quando nós duas íamos andando e vendo as flores no chão. Ela parava e fingia ligar seu rádio imaginário para dançar em frente a um prédio escolhido aleatoriamente. Eu me sentia esquisita algumas vezes em perceber que não olhava mais direito as árvores, não percebia que aqueles três quarteirões tinham tantas paradas mágicas e que o tempo estava passando e eu perdendo o crescimento da minha filha. Sim, eu escolhi ser mãe. Eu desejei isso. Eu tive uma gravidez que não foi adiante antes da Sofia e tentei de novo. No começo era apenas um incômodo que estava ali, mas não ganhava muito espaço porque o tempo era sempre contado e não permitia muitas reflexões.
            Este ano o caminho para escola era outro. Às vezes conseguíamos acordar mais cedo para irmos caminhando, na verdade ela no carrinho apreciando a paisagem e me ensinando novamente a enxergar a beleza da simplicidade. Voltei a olhar mais para as árvores, apreciar as folhinhas caindo de manhã, a me encantar com as flores do caminho que eu ganhava em um gesto de delicadeza e amor da minha filha. Sabe aquela sensação esquisita, essa ganhou espaço principalmente na caminhada da volta da escola sozinha. Eu percebi que não precisava mais de 24 horas no dia, eu precisava mudar o foco da minha vida. E foi assim caminhando pelas ruas, olhando as pessoas correndo, casais de mãos dadas, crianças no carrinho, gente apressada, pessoas felizes, pessoas emburradas que eu decidi mudar o jeito de caminhar não só na rua, mas na minha vida. Fui buscar novos horizontes, a realização de um sonho antigo que foi iniciado quando eu tinha apenas 15 anos e decidi fazer magistério. Voltei para o mundo da educação e hoje ando na rua vendo o que ela tem para me oferecer. Podem ter certeza que é muito mais que carros correndo, pessoas brigando com o tempo. A rua é um espaço comum que pode ensinar muito se a observarmos de outra maneira.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Mãe de bailarina: lições importantes para os próximos passos e rodopios

Para quem não me conhece, breve introdução: não faço o estilo bailarina, nunca levei jeito para dança e nem sou a graciosidade em pessoa no quesito expressão corporal. Quando a Sofia nasceu relutei no rosa, escolhi lilás como a cor do quarto. Nada contra o rosa, era só uma questão de estilo já que na minha cabeça o rosa é para bailarina e, como já disse, isso nunca fez parte do meu mundo. Mas depois que você vira mãe de menina não existe a opção não gostar de roupa rosa, sapato rosa, calça rosa, blusa rosa, bota rosa. E a pequena desde que se entende por gente pede para fazer ballet.
Vida corrida, horários divergentes, ou melhor, falta de horário para qualquer coisa. Imagine conseguir leva-la na aula de ballet às 17h40? Impensável há alguns meses. Fora de cogitação. As avós tentaram ver perto de suas casas, mas antes dos quatro anos nada feito.
            Quando decidi mudar minha vida, a primeira coisa que prometi foi coloca-la no ballet da escola, às 17h40. No primeiro dia de aula, fui fazer a matrícula. Com um sorriso no rosto, a moça me disse “pode começar amanhã. Ah mãe, traga ela de colan, cabelo amarrado e sapatilhas.” Agradeci e fiquei feliz em realizar o sonho da minha filha e o meu, em estar mais perto dela. Voltando para casa me dei conta “eu nunca vivenciei um mundo de bailarina, onde encontro tudo isso? Desempregada não dá simplesmente para ir ao shopping e comprar (nem sei se isso vende no shopping, mais uma vez a ignorância em relação ao tema)”. Nada como ter amiga mãe de bailarina e obter todas as informações necessárias, como o local com preço bom e o melhor material do colan (primeira lição para a mãe de primeira viagem).
            A compra foi um sucesso. Ela nem queria tirar a roupa para pagar. “Mamãe eu já sei fazer ballet” e levantava os bracinhos, rodopiava e ficava nas pontas dos pés. Eu comecei a me preocupar se a aula seria frustrante porque na cabecinha dela com a roupa completa, ela já era uma bailarina.
            Segunda lição: a aula tem praticamente o mesmo tempo que a arrumação da criança. Meia-calça, colan, coque, sapatilha, coque cai, arruma coque, esquece a faixa do cabelo, tira coque, coloca a faixa, refaz o coque. Ufa, tudo pronto! Chegamos à escola uns minutinhos antes “mamãe não estou vendo nenhuma amiguinha bailarina”. Quando abriu o portão, ela já estava muito ansiosa e eu mais ainda. Estava com medo de não ser nada do jeito que ela sonhou e imaginou nesse tempo todo. Não sabia se iam me deixar entrar.
De repente surgem várias minis bailarinas saltitantes. E eu sinto uma mãozinha e um suspiro “mamãe, você vai comigo né?” A professora muito solicita autorizou minha entrada e permitiu meu momento mãe paparazzi.
            Não consigo achar palavras para descrever o momento mágico que presenciei na vida da minha filha. Olhinhos brilhantes, atenta às explicações, alheia a minha presença e compenetrada em cada exercício. Felicidade registrada primeiro no meu coração, depois na minha memória, ah sim, eu poderia tirar fotos, então peguei o celular e registrei para compartilhar com o pai dela e todos que sempre a escutaram falando o quanto queria fazer ballet.

            Depois dessa aula eu entendi o que é ser mãe de bailarina. O que é ter uma filha com esse dom. Eu aprendi mais uma lição importante: bailarinas nascem bailarinas. Não que pessoas, como eu, não possam aprender e se tornarem uma bailarina profissional (desafio lançado, porque no meu caso acho pouco provável uma solução plausível). Como já disse, eu não sei explicar, só sei fechar os olhos e ver minha filha rodopiando no final da aula sorrindo com os lábios e com os olhos. E que venham as novas lições. Para quem escolheu a cor lilás, já entendeu que o mundo cor de rosa vai predominar.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Era uma vez...

Era uma vez uma menina sonhadora que via nos olhos das crianças a certeza de um mundo melhor. Cheia de histórias para contar essa menina precisou escolher qual caminho seguir e o jornalismo virou profissão. Encantou-se e se deixou encantar pela comunicação. Apaixonada por encontrar na vida do outro uma história que viraria uma matéria, um depoimento. Uma mistura de dois mundos, o dela jornalista e o dele, a vida real. Durante 15 anos ela esteve com o seu bloquinho, com os olhos atentos, com o gravador e depois com o celular. Sempre com brilho nos olhos para contar a nova história que acabara de escutar. E nesse tempo todo, ela enfrentou desafios, buscou novos caminhos, aprendeu muito e evoluiu também. O texto criou novos formatos, depois não escrevia mais tanto, editava muito mais. Mas sempre ali pronta para o novo, a nova história, o novo depoimento.
Um dia ela escreveu que enquanto os olhos brilhassem tudo teria sentido, o frio na barriga era sinal que todo dia era um dia especial. Os olhos não deixaram de brilhar e o frio na barriga passou para um estágio mais avançado, o medo. O medo de não ter tomado a decisão certa, o medo de qual caminho seguir e o medo de olhar pra ela mesma e de repente ver que não era mais aquilo que queria. E foi assim que ela se lembrou dos olhos das crianças que a encantava, que aquilo sim fazia mais sentido e que a educação seria o seu novo recomeço. Ela gostava de novos desafios e recomeçar era o que ela na verdade buscava. Decidiu prestar vestibular para pedagogia e agora seus olhinhos brilhavam para poder entrar em sala de aula e vivenciar de novo aquele primeiro encantamento com as crianças.

As histórias serão contadas, a magia volta para cena e o bloquinho até deve ficar na bolsa porque ela sempre vai querer anotar alguma coisa. Ela é assim, inquieta, alegre, em busca de desafios... Ela sou eu e eu sou ela, uma pessoa em desconstrução para recalcular aquilo que faz sentido para a vida! Que venham os olhinhos curiosos de quem tem uma vida toda para descobrir, assim como eu!


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Em busca da maturidade na fé

Cada ano que passa novos aprendizados ficam. Cada Natal que chega é a esperança do nosso nascimento para uma vida nova. E em 2014 isso não foi diferente. Eu poderia passar o ano e não escrever este texto, mas isso não deixaria o meu ano completo.
Pela primeira vez, nos meus 34 anos, decidi ficar um ano sem comer chocolate porque entendi que essa penitência seria necessária para minha maturidade na fé.  Fiz isso para que Deus me mostrasse alguns caminhos importantes ao longo do ano. Não precisaria prometer nada, Ele sempre me mostrou o rumo que deveria seguir. Desde pequena entendo que a oração é o meu diálogo com Deus e Ele nunca me deixou na mão, mesmo nas situações mais difíceis. Apesar de nada ser cobrado em troca, eu acredito que é preciso abrir mão de algumas coisas para as minhas conquistas e por isso estou cumprindo a minha decisão de ficar sem chocolate até março.
As respostas estão chegando, algumas mais diretas e outras precisaram um pouco mais de paciência para entender, mas o principal foi busca da minha maturidade na fé. Minha fé é a minha luz da vida, sempre rezei e ainda preciso avançar muito para chegar perto do ideal.
No dia do meu aniversário eu fiz um balanço mental e sorri para vida, mais uma vez, agradecida por tudo. Durante o Advento venho me preparando para receber Jesus em minha casa e na minha vida de novo -- com a certeza que esta luz vinda no dia 25 é o meu alimento para continuar buscando fazer uma Renata melhor. Todos os anos faço isso, mas parece que esse ganhou um sentido especial. Ter fé significa acreditar que para Deus nada é impossível.  E se não acontecer como você sonhou persista porque o tempo Dele não é o mesmo que o nosso.
Hoje não vou contar nenhuma história em especial. Ainda aguardo algumas respostas, mas o dia que eu entender todas irei compartilha-las o balanço deste ano pascoal (penitência iniciada na quaresma) que escolhi viver.

Em tempo, ainda tenho muito o que caminhar na fé. Resolvi escrever o texto só para compartilhar a importância da oração para vencer os desafios diários da vida. Feliz Natal! Que Jesus nasça em nossos corações para trazer uma vida nova (aos que não são cristãos desejo muita luz sempre) e que 2015 venha cheio de alegria, conquistas e amor!