Um dia escutei uma história muito engraçada e acho que vale a pena contar. Talvez eu não consiga dar tanta ênfase ou tanta vida, mas vou tentar. A missão não é fácil, conto com a imaginação de cada um dos leitores.
Um grupo de amigos estava no Caribe e quatro pessoas decidiram fazer um passeio em outra ilha, para chegarem ao cais precisavam de um táxi. No hotel sempre tinha algum na espera. Não era nenhuma missão impossível, pelo contrário fácil demais.
O grupo já estava há dias no local e por isso familiarizado com o dinheiro de lá, embora o dólar também fosse aceito em praticamente todos os estabelecimentos. Sem contar que brasileiro tem aquela convicção que se vira com o portunhol desde o primeiro dia em que chega ao país cujo idioma oficial é o espanhol.
Na chegada ao cais o taxista parou e só para confirmar o preço um deles perguntou quanto tinha ficado. Foi quando veio a surpresa, o taxista era fanho. Simplesmente era impossível entender ele falando qual era o valor. Uns entendiam 80 dólares e sabiam que isso era pouco provável, porque a corrida custava em média 12 dólares ou de 70 a 90 pesos. Depois de muitos gestos e tentativas de pagar, uma das pessoas entendeu que ele não aceitava dólar. Foi quando se deram conta que o problema não estava sendo o idioma e sim a dificuldade do homem em falar “ointhentan pensons”. Após pagarem o taxista, eles não se continham só de lembrar da situação - quatro brasileiros tentando entender um taxista fanho em espanhol. Os quatro chegaram a conclusão óbvia de que em algumas situações o portunhol não serve de nada, nesse caso o idioma foi além das fronteiras...
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