domingo, 8 de novembro de 2015

Por um mundo mais Tarja Branca

            Se eu pudesse compraria milhares de cópias do documentário Tarja Branca – a revolução que faltava,  dirigido por Cacau Rhoden, e presentearia todos os meus amigos, conhecidos e desconhecidos. Minha vontade é distribuir para quem eu encontrasse na rua.
            O brincar é o tema central, mas engana-se quem encara a brincadeira como coisa de criança. A brincadeira é libertadora e essencial para uma sociedade que está cada vez mais doente. Vamos resgatar o taco, a bolinha de gude, as quadrinhas, o elástico, a corda, o bambolê, a pipa. Que tal formar uma roda e cantar as cantigas juntos com os filhos, com os amigos?



            O filme foi muito bem editado com depoimentos que fazem o espectador perder o fôlego. E depois que acaba a sensação pode variar entre a reflexão de vida e um otimismo que é possível construirmos uma sociedade melhor se resgatarmos a criança que mora dentro de cada um. Eu queria escrever e debater cada tópico, cada frase, mas acho que talvez pudesse sugestionar quem for assistir.
            Talvez o documentário me marcou tanto porque estou em uma fase de mudanças internas e externas. Talvez porque esteja diretamente envolvida com crianças na vida pessoal e profissional. Talvez porque sempre fui otimista e acreditei que podemos mudar e recalcular a rota em qualquer época da vida. Talvez porque nunca perdi de vista a criança que mora aqui dentro embora algumas vezes deixei-a adormecer, mas a curiosidade e o novo sempre me moveram. Talvez porque a minha alegria de viver sempre superou cada cicatriz que ganhei ao longo da vida. Talvez porque eu ame o Brasil e ver um documentário brasileiro só reforçou a minha teoria que o nosso povo é alegre, criativo e busca ser feliz...
            Aprendo diariamente que um dominó pode virar uma ótima comida, uma carta de baralho pode virar um pão, uma bolinha de papel de revista amarrada numa lã vira o Aquário, um cachorrinho que pode ir para qualquer lugar. Gratidão por viver cada vez num mundo de fantasia, sem perder a minha visão crítica de mundo, mas ao mesmo tempo sem me contagiar por uma mídia cada vez mais mal-humorada.

            Deixe um pouco os preconceitos de lado e permita-se uma dose de brincadeira para que a vida se torne mais leve mesmo com os desafios diários a enfrentar.  Segue o link para o trailer oficial

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